A Novidade Transportadora do Sudeste (NTS) pretende captar R$ 8 bilhões nas próximas semanas, por meio de emissão de debêntures voltada a investidores institucionais. O montante supera a maior captação já realizada no mercado de renda fixa do Brasil: os R$ 7 bilhões captados pela Eletrobras em 2023.
Os recursos captados serão aplicados em um fundo restrito, que adquirirá R$ 8,6 bilhões em notas emitidas pelos cotistas da NTS — o Fundo de Investimento em Participações (FIP) Novidade Infraestrutura, governado pela Brookfield Asset Management, que detém 91,5% das ações; da Itaúsa (ITSA4), que tem os outros 8,5%.
A oferta, que será feita em 3 séries e com vencimento em 10 anos, prevê o uso do fluxo de dividendos aos acionistas porquê principal nascente de pagamento da emissão.
Risco de operação
A Fitch Ratings atribuiu nesta semana o Rating Vernáculo de Long Prazo AAA(bra) à proposta de emissão. A escritório de avaliação de risco também classifica a NTS com o Rating Vernáculo de Longo Prazo AAA(bra), com perspectiva fixo.
A instituição afirma que o rating reflete o protótipo de negócios da empresa, considerado “sólido”, devido à particularidade monopolística de contratos de longo prazo, sem risco de volume e estrutura de garantias, que oferece proteção para rendimentos e margens elevados.
A escritório diz que A proposta de emissão de debêntures aumentará a alavancagem financeira da NTS em até 3,0 vezes até 2028, com tendência de declínio a partir de 2029, quando se iniciam as amortizações do principal da operação. No cenário-base de rating anterior, a relação dívida liquida/Ebitda permanente inferior de 2,0 vezes.
“A Fitch considera que as debêntures propostas fazem secção de uma estrutura de antecipação de recursos dos acionistas, o que implica compromissos financeiros adicionais com a NTS e aumento gerencial de sua alavancagem financeira.” Ainda assim, o perfil financeiro da NTS continua potente e conciliável com a classificação atual”, afirmou.
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