O Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Largo (IPCA) deve desacelerar no primeiro mês de 2024 — o oferecido será divulgado nesta quinta-feira (8), às 09 horas, pelo IBGE (Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística). Segundo especialistas, passagens áreas, transportes por aplicativo e emplacamento de veículos justificam a freada esperada para janeiro.
A Warren Investimentos projeta uma subida de 0,35% no IPCA de janeiro e variação de 4,44% em 12 meses. A projeção de 2024 é de 3,9%, considerando um balanço de riscos baixista. Para 2025, a corretora aposta em 3,5%.
A estrategista de inflação da Warren, Andréa Angelo, destaca que as pressões mais relevantes devem vir de víveres no morada — devido, principalmente, à elevada inflação de víveres in natureza, além do clima e El Niño. Com isso, ela projeta uma subida de quase 2%.
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IPCA: O que esperar dos dados de inflação de janeiro?
Apesar da pressão dos víveres, Angelo enxerga um cenário universal mais favorável para o IPCA do mês pretérito. “Entendemos que o balanço de riscos deste número [IPCA] é baixista em razão do grupo higiene pessoal, gasolina, transporte por aplicativo e artigos de residência”, afirma.
Para a estrategista, a desaceleração na inflação na leitura mensal entre dezembro (0,56%) e o oferecido esperado para janeiro será puxada pelo setor de transportes — passagem aérea, transporte por aplicativo e emplacamento/licenciamento.
“Na avaliação qualitativa, as principais medidas de núcleos deverão indicar variação média de +0,31%, desacelerando em relação ao oferecido anterior (0,46%)”, diz.
Outro ponto de atenção é a inflação de serviços subjacentes. Angelo estima que esse grupo poderá atingir +0,70%. Com isso, os serviços poderiam voltar a estugar no aglomerado de 12 meses para 4,95%.
No ano, é esperada uma subida de 4,7% para esse segmento — o que o leva a permanecer uma vez que risco altista, e a corretora aponta ser um fator importante desde a leitura do IPCA-15 de dezembro.