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Veja os impactos das chuvas na economia brasileira – Money Times

por João P. Silva
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Apesar das chuvas dos últimos dias, a verdade é que o Brasil está passando por uma estiagem crônica e severa desde 2012. (Foto: Paulo Pinto/Filial Brasil)

Todo início de ano é a mesma história: as fortes chuvas e calor extremo castigam cidades Brasil afora — que sofrem com enchentes e deslizamentos. No entanto, o nível de chuva no país também determinam porquê será o incremento econômico.

Segundo Bráulio Borges, pesquisador do Instituto Brasílio de Economia da Instalação Getulio Vargas (FGV Ibre), segmento relevante do desempenho macroeconômico brasílico nas últimas décadas pode ser explicado pelas oscilações das chuvas. Isso porque a economia do Brasil tem uma elevada subordinação de chuva.

Borges destaca que, apesar dos temporais dos últimos dias, a verdade é que o Brasil está passando por uma estiagem crônica e severa desde 2012. Tanto que o país quase precisou entrar adotar racionamentos compulsórios de vigor elétrica em 2014, 2017 e 2021 devido às baixas nos reservatórios. Também vale lembrar da seca no Amazonas em meados de 2023, que colocou a produção da Zona Franca de Manaus em risco.

Uma vez que esperado, o agronegócio é o primeiro setor a sentir isso. “O déficit de chuvas também afeta a produtividade do agronegócio, que respondeu por muro de 21% do PIB brasílico na média da última dez, segundo estimativas do CEPEA/Esalq. Vale lembrar que o percentual de lavouras irrigadas no Brasil, embora tenha se proeminente nos últimos anos, ainda é insignificante na conferência com outros países”, afirma.

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Impacto das chuvas (ou falta delas) no PIB

Segundo um relatório do Banco Mundial, existe uma relação clara entre o nível das chuvas e a taxa de incremento do Resultado Interno Bruto (PIB) per capita.

Por exemplo, caso um país registre um ano muito sedento depois uma sequência de anos com muita chuva, a tendência é de que o impacto negativo na atividade econômica seja menor do que um histórico de anos secos. Isso reflete o vestuário de que a chuva pode ser armazenada no solo, em reservatórios e nos lençóis freáticos.

No caso do Brasil, déficit crônico de chuvas entre 2012 e 2023, teria gerado um impacto negativo anual de 1,7 ponto percentual sobre a taxa de variação do PIB.

Entre os anos de 2022 e 2023, a atividade econômica brasileira acelerou. No entanto, Borges lembra que esse incremento só foi provável porque o país estava consumindo o excesso de ociosidade da economia até meados do ano pretérito.

“Também é importante notar que houve um claro descolamento entre PIB e precipitações no último biênio, já que o processo de adaptação da economia brasileira a uma menor disponibilidade de chuvas se acelerou consideravelmente, sobretudo no setor de vigor. Somente de 2019/20 para cá, a participação de eólicas e fotovoltaicas na geração efetiva de vigor (e não na capacidade instalada de geração) quase dobrou”, afirma.

Segundo o pesquisador, caso os níveis das chuvas tivesse se mantido, o PIB brasílico poderia ter avançado ainda mais rápido, sem gerar pressões inflacionárias, elevando a capacidade produtiva do país.



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