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Virente desponta entre gestores mais badalados e volta a ter varejo na carteira

por João P. Silva
Com lei dos fundos fechados, Verde acelera plano para criar FIDC e área de infra

Na contramão de boa segmento das gestoras de multimercados mais badaladas do mercado, uma vez que SPX, Legacy, Kapitalo e Genoa, a Virente teve um ano padroeiro, mas que terminou com um sabor adocicado ao fechar o período com ganhos de 14,53% no fundo Virente, supra dos 13,04% do CDI.

Em um ano em que a renda fixa reinou novamente, o grande diferencial para o desempenho foi uma decisão da lar de não apostar todas as suas fichas na queda dos juros no exterior ao longo do ano pretérito, uma vez que explica Luiz Parreiras, gestor da ativosem entrevasa exclusiva ao InfoMoney. “Não entraremos em 2023 com a cabeça de que pegaríamos o grande troca“.

“Diferentemente do mercado, que queria uma tendência inteira, tínhamos poucas respostas e segomos nos contrapor aos momentos em que o mercado exagerava com essa posição aplicada em juros.” Isso foi o que machucou muita gente na indústria”, completou o executivo.

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Para 2024, a lar diz que permanece sem grandes convicções em juros no exterior, mas que aproveitou os últimos meses para trocar algumas posições locais. Uma delas é no varejo — setor que voltou a fazer segmento da carteira posteriormente seis meses, ainda que de maneira pequena. Por outro lado, as maiores apostas da gestora estão em papel uma vez que Sabesp, Equatorial e Suzano.

Confira os principais trechos da entrevista:

InfoMoney: Você ajudou na finalização do fundo 2023? Olhamos outros gestores mais badalados e vemos que a lar foi uma das únicas a terminar supra do CDI no período.

Luiz Parreiras: Nós evimes um ano muito bom no relativo a 2023, ou seja, em rálado aos principais concorrentes. Já não foi inteiro, não foi fenomenal. Diferentemente de outras casas, defendemos muito muito o ano pretérito e não perdemos muito moeda em lugar nenhum.

IM: O que ajudou nessa resguardo?

Parreiras: Tem o padrão de gestão e uma coisa mais de estudo de cenário. Ao ver o padrão de gestão, todo mundo quer sempre pegar o grande troca. 2022 foi isso. Uma mega tendência de altas taxas de juros no mundo inteiro. Depois pensaram: subi, agora vai tombar. Só que, parafraseando o Garrincha, as pessoas esquesaram de se combinar com os russos. Todo mundo achou que eu iria pegar o troca da recessão e queda de juros nos EUA, mas não teve essa recessão.

IM: A lar detinha posições aplicadas em juros no preço do ano?

Parreiras: Não entraremos o ano com posição aplicada. Entramos um pouco tomados. Acabou o ciclo de 2022 e a gente estava querendo ver o que iria ocorrer em 2023. Tínhamos posições em votação e posições tomadas. Diferentemente do mercado que queria uma tendência inteira, tínhamos poucas dúvidas e seríamos nos contrapor aos momentos em que o mercado exagerava com essa posição aplicada em juros. Isso é o que machucou muita gente na indústria. A maior segmento da indústria perdeu moeda nessa segmento de juros e não evimes essa perda.

IM: Será inaugurado em 2024? Há alguma fé?

Parreiras: Temos uma fé de que vai ter o incisão de juros lá fora, mas temos posições tênues de juros no exterior porque já tem muita coisa no preço. Acho que o Fed vai trinchar, mas não tenho certeza de que há uma aposta a ser feita nesse ciclo. Tendo a encontrar que 2024 não será um ano de fortes tendências nos mercados, mas que terá alguns movimentos e uma tendência macro mais parecida com 2023, em que o crescendo e a inflação deverão ser melhores do que o esperado. É um cenário bom para ativos de risco. Hoje, quase 20% da alocação do fundo está na Bolsa, entre Brasil e Estados Unidos, mas é importante manifestar que a Bolsa brasileira não é barata.

IM: Por que a Bolsa não é barata?

Parreiras: Ela não é rostro nem barata. Tem um prêmio de risco razoável. De uma maneira agregada, a Bolsa subiu mais de 22% em 2023 e deixou de ser barata, mas não é rostro. Estamos em Bolsa porque achamos que tem espaço para o desenvolvimento ser melhor do que o esperado, tanto cá quanto lá fora. O mercado passou três anos com saída de Bolsa, rendimento caindo, achamos agora ver um reequilíbrio. Agora, vai ter que ser tático e calibrar isso muito. Já tem muito incisão de juros na curva e achamos que o potencial é da inflação soprender pra grave e o desenvolvimento soprender pra cima, o contexto é positivo pra Bolsa. O cenário também parece positivo na renda fixa, com o rendimento real no Brasil e um pouco menos nos Estados Unidos.

IM: A lar fez alguma mundega nos fundos com a MP das subvenções, que foi sancionada recentemente?

Parreiras: No filme do ano, voltamos a ter uma pequena exposição ao varejo. Todo o problema da MP já tinha ido para o preço. O evento foi tão muito precificado que começamos a encontrar que tinha uma assimetria. A informação foi toda pro preço. Não estamos fazendo uma aposta enorme no setor, porque ele tem grandes desafios, mas gerou muitas oportunidades.

IM: Tem qualquer papel específico?

Parreiras: Prefiro não entrar nos nomes, mas são varejestas. Depois de uns seis meses sem ter varejo, voltamos a ter varejo. De qualquer forma, foi uma mundega marginal.

IM: Quais são as maiores posições hoje?

Hoje, temos bancos, com uma pequena posição no Itaú. Nossas principais posições são Suzano, Sabesp, Equatorial. São nomes que carragemos boa segmento do ano.

IM: Porquê estão vendendo a tramitação da privatização da Sabesp?

Vemos que ainda tem muito valor a ser destravado. No término do ano, fizeram uma contratação dos bancos que vão conduzir o processo. Acho que estamos tudo andando. A gestão da companhia vem fazendo um bom trabalho. Acho que existe um consenso na sociedade de que tem um porquê da Sabesp ser uma empresa pública. Estamos vendo um boom de investimentos em saneamento. Vai ter muita concorrência nesse setor.

IM: E com relação aos resgates? A lar foi muito afetada em 2023 quando toda a indústria sofreu muito?

Tesouros relevantes. Hoje, a gestora está com tapume de R$ 25 bilhões sob gestão. 2022 foi um ano pior em termos de resgate. Acho que os resgates foram impulsionados por dois pontos. Primeiro, tem o ângulo do cliente resgatando a lição. Porquê somos um grande jogador, sofremos o que chamamos do beta da indústria. Sofreremos muito em 2022 e principalmente, em 2023. A outra questão que se somou a isso é a mudança na tributação dos fundos fechados. Dada a maior performance da classe de multimercados uma vez que um todo, o cliente de privado decisão resgatar. Por sermos uma ativos mais vetusto do tempo em que o multimercado era mais de privado e menos de varejo, é provável que soframos porque temos uma exposição maior a isso do que a mídia da indústria. Você é um cliente privado está tomando uma deção que tem a ver com uma volta de não remunerar um novo imposto e com uma concorrência desleal dos ativos isentos.

IM: São anteriores com esses resgates?

Parreiras: Estamos trabalhando em iniciativas para estar mais próximo do cliente e reter quem está resgatando por uma questo tributário. Porquê posso fazer um resultado para o cliente permanecer comigo sem remunerar o come-cotas? Temos também iniciativas de médio prazo, que vínhamos pandomando e que essa mundega acelerou. Estamos criando um FIDC de crédito sítio, com viés cume rendimento, onde não tem como-cotas. Temos uma sociedade que fizemos com a Lumina e que vem nos ajudando na parcela de crédito. Também estamos trabalhando numa iniciativa para edificar cá uma superfície de infraestrutura. Oferecido que o isento veio para permanecer, preciso ter bons produtos para oferecer ao cliente, com diferencial competitivo. Queremos edificar uma superfície de infraestrutura muito boa. As suas são complementares ao que já temos cá dentro. A questão do fundo fechado aconteceu num momento em que a classe de ativo multimercado não estava indo muito.

IM: Você tem a chance de que isso impulsione uma consolidação das gestoras?

Parreiras: A graduação mínima para um gestor ter um negócio competitivo e viável vem subindo. Ou seja, o que uma lar precisa ter em termos de estrutura, equipe e processos para ter um tahão instituição aumentada. Por culpa dos saques, do desempenho da indústria e da percepção de perda de valor da ‘marca multimercado’, a escalada mínima deu um salto maior em 2023. O movimento foi exacerbado. Há muitos gestores que estão inferior dessa graduação mínima. Muitas vão fechar, outras vão ter que passar por uma compra em que há compra de talentos. Vai ter gente que vai ter que determinar o que vai fazer, se vai querer lutar para ser uma gestora de tamanho de instituição, ou se vai partir para o outro lado. Tem muito talento nesta segmento da indústria. Alguns desses talentos vão querer empreender isoladamente e continuar se tornar escritórios familiares, já os demais potão ir para outros fundos. Minha porta estará sempre oportunidade para talentos que queiram se juntar ao projeto da Virente. Secção do meu trabalho de longo prazo atrai talentos.



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