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Rendimento do crédito imobiliário não deve tombar no limitado prazo, avalia Abecip

por João P. Silva
Juro do crédito imobiliário não deve cair no curto prazo, avalia Abecip

Os juros do crédito imobiliário, que estão em dois dígitos, não deverão tombar nos próximos meses, na avaliação da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Embora a redução da taxa Selic abra espaço, uma arrecadação de impostos mais baixa por segmento dos bancos depende do comportamento da poupança, que teve saques de mais de R$ 150 bilhões nos últimos dois anos.

“Não identificamos uma redução de taxa do crédito imobiliário no limitado prazo”, disse o presidente da Abecip, Sandro Gamba, em coletiva de prensa realizada nesta quarta-feira (24) para tratar dos resultados do setor em 2023 e porquê projeções para leste ano.

A Abecip espera que o crédito habitacional seja registrado em 2024, graças aos recursos do FGTS que foram reduzidos.

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Nas linhas que usam verba da poupança, os bancos aumentaram no ano pretérito os juros para a morada dos dois dígitos percentuais.

Segundo o Banco Meão, a taxa média praticada pelo mercado estava em 10,8% ao ano em novembro de 2023, 0,4 libra percentual superior ao de um ano antes. O pico de taxas foi em julho, quando o renda médio chegou a 11,9%.

Entre os cinco maiores agentes de financiamento imobiliário no país, a Caixa Econômica Federalista líder no setor, e o Banco do Brasil mantêm juros a um dígito anual nas linhas que usam recursos de poupança, mesmo tendo conjunto a elevação de taxas. As taxas têm sido mantidas pelos bancos desde o primeiro semestre de 2023.

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Além da Selic a dois dígitos, a redução da poupança pressionou os custos dos bancos. No término do ano pretérito, o saldo das cadernetas direcionadas ao crédito imobiliário era de R$ 747 bilhões, 2,2% menor que em 2022. Os saques líquidos somaram R$ 72 bilhões, o segundo pior resultado dos últimos dez anos. Ficaram detrás somente dos saques em 2022, de R$ 81 bilhões.

Em 2020, o auxílio emergencial recebeu um reforço de R$ 125 bilhões na poupança, mas o saldo caiu desde portanto. A variação abriu uma avenida para que outras fontes de financiamento ganhassem espaço no maior setor, porquê as letras imobiliárias garantidas (LIGs) e as letras de crédito imobiliário (LCIs). Essas e outras fontes alternativas foram de 34% a 40% do financiamento ao crédito imobiliário entre 2022 e 2023.

Diversificação

Verba não é problema: as fontes de financiamento cresceram 13% no ano pretérito, para R$ 2,17 trilhões, graças ao aumento dos saldos de fontes alternativas e também ao maior orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em dois anos, a poupança perdeu 12 pontos percentuais de participação, para 34%.

A diversificação é uma demanda do mercado imobiliário e uma agenda que o Banco Meão vê com simpatia, mas as fontes alternativas são mais caras para os bancos. Quando a taxa está supra de 8,5% ao ano, a poupança tem o rendido “travado” em 0,5% ao mês mais a taxa referencial, hoje próxima de zero. LCIs, LIGs e CRIs, por outro lado, têm o encontro atrelado ao CDI.

“O envolvente com uma redução de impostos de juros contribui para a precificação do mercado imobiliário, mas temos que padrão que a relevância da poupança miniuniu, o que faz com que o dispêndio do crédito imobiliário tenha uma maior consolidação com a Selic”, disse Gamba durante uma coletiva.

Vale observar que a Abecip, junto à Caixa, pleiteia junto ao BC a liberação de segmento dos depósitos compulsórios relativos à poupança para destinar esses recursos ao crédito imobiliário. O regulador obriga os bancos a manterem nessas contas 21% dos depósitos à vista, categoria em que está a poupança, para prometer a segurança do sistema financeiro.

Gamba disse que a redução dos compulsórios é discutida com frequência pelo setor. Entretanto, não consta das nossas projeções para leste ano, que visa um aumento de 3% nas concessões de crédito imobiliário, o que levaria a um recorde de R$ 259 bilhões em liberações.



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