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Tesouro Direto bate máxima de um ano com prefixado a 11,88%: vale comprar agora?

por João P. Silva
Tesouro Direto bate máxima de um ano com prefixado a 11,88%: vale comprar agora?

O pagamento dos títulos públicos prefixados atingiu o sumo dos últimos 12 meses. No quarto dia (22), as ações receberam remuneração de 11,89% ao no vencimento de 2031, superando a taxa de 11,88% que havia sido alcançada em 16 de abril. Recorde também no Tesouro Prefixado 2027, que bateu 11,15%.

Os retornos, que operam perto da estabilidad nesta quinta-feira (23), são vistos com bons olhos analistas ouvids pelo InfoMoney para a elaboração da carteira de renda fixa. Todavia, mesmo se tratando de títulos públicos – o que há de mais seguro no mercado – e diante de uma taxa em subida, esses papéis não são recomendados para todos os investidores.

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Vale a pena comprar?

O investidor que quer travar a rentabilidade de um investimento no Tesouro Direto não deve olhar exclusivamente a taxa atual. É preciso perguntar quais são as vantagens dos prefixados contra os pós-fixados (Tesouro Selic) e títulos de inflação (Tesouro IPCA+).

Para os especialistas, o nível atual dos prefixados oferece, sim, uma vantagem diante de outros investimentos. “Se a gente considera uma inflação de 4% ao ano até 2027, esses títulos apresentarão rentabilidade real (descontada a inflação) de muro de 6,75% ao ano; nesse caso, uma remuneração parece oportuna”, afirma Fabrício Silvestre, comentador da Renta Fixa da Levante Inside Corp. Hoje, o renda real oferecido pelos títulos do Tesouro IPCA+ está, no sumo, em 6,09% ao ano.

O risco para quem investe em prefixados é de perenidade de subida nas taxas. Se os juros desses papéis seguirem subindo, o investidor pode perder verba se transpor da emprego mais cedo e ainda terá um dispêndio de oportunidade, travado numa lucratividade menor do que o mercado oferece.

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Apesar de ser pequeno, existe a possibilidade de pagamentos ainda maiores dos prefixados, admite Vitor Oliveira, profissional em renda fixa da One Investimentos. “Por mais que possa viver uma perspectiva de brecha nas curvas futuras devido à falta de ancoramento das expectativas quanto ao fiscal e isso possa fazer essas taxas aumentadas no limitado prazo, já estamos em bons patamares de prêmios para ativos prefixados”, pondera.

Uma crença é necessária

A diversificação é importante em qualquer portfólio, mas, diante dos riscos que os prefixados oferecem, uma alocação maior desse papel é indicada para investimentos com perfil de risco moderado ou arrojado.

Além do perfil de risco, faz sentido investir em prefixados quando há a crença de que os juros vão tombar no horizonte. Enfim, se o seu cenário-base é de subida dos juros – ou, pelo menos, das expectativas –, não faz sentido trabalhar a rentabilidade no nível atual que o mercado oferece, já que em pouco tempo as taxas serão mais atrativas.

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“O investidor precisa crer que a inflação vai permanecer no sumo em torno de 4% ao ano, o que significa que esses títulos recebem remunerações superiores aos indexados ao IPCA”, acrescentou Silvestre. “Aliás, uma melhoria das expectativas nos contextos doméstico e internacional pode proporcionar um movimento de gosto por risco e gerar retornos adicionais na marcação ao mercado (venda precipitada)”, complementa o profissional.

Por término, os analistas concordam que carregar esses títulos até o vencimento é interessante para minimizar o risco da carteira e ainda entregar rentabilidade subida. “Considerando que a gente está num contexto de incerteza suplementar, parece-me mais interessante o carregamento de um título com vencimento mais limitado”, diz o comentador da Levante.

Para quem pensa em comprar e vender com antecedência, lucrando com a marcação a mercado, Oliveira recomenda ter uma carteira diversificada, com prefixados para carrego e marcação a mercado: “hoje, tanto a estratégia de venda antecipada porquê de carrego são interessantes”.



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