Início » Calendário econômico tem termo do ciclo de queda da Selic no foco

Calendário econômico tem termo do ciclo de queda da Selic no foco

por Abel Ferreira
Calendário econômico tem fim do ciclo de queda da Selic no foco

O calendário econômico de 17 a 21 de junho tem porquê destaques a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Médio) e consequentemente a definição da novidade taxa Selic. O encontro, que começa na terça (18) e tem seu desfecho na quarta (19), deve marcar o termo do atual ciclo de flexibilização dos juros da economia brasileira.

Pelo consenso do mercado financeiro até cá, o Copom vai manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, depois de sete cortes consecutivos. Assim, a incerteza ficará por conta se a decisão será unânime ou dividida. Assim porquê quais serão os motivos destacados no transmitido, que é divulgado simultaneamente ao proclamação.

Selic hoje

Logo, desde o dissenso do último encontro do Copom, que baixou a Selic para o menor patamar desde fevereiro de 2022, as incertezas domésticas e fiscais pioraram.

Outrossim, as expectativas de inflação aumentaram e a cotação do dólar foi às máximas em 2024. Esse conjunto de fatores explica por que o ciclo de queda da Selic irá concluir nesta semana.

“Acreditamos que o comitê decidirá, por unanimidade, pela manutenção do patamar atual de juros, de 10,50% a.a., em sua próxima reunião”, afirma o Itaú Unibanco em relatório.

“Esperamos que o Copom indique que o aumento da incerteza requer cautela suplementar na meio da política monetária, com os membros do comitê, unanimemente, optando por falar que a política monetária deve se manter contracionista pelo tempo que for necessário. Até que se consolide não somente o processo de desinflação porquê também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, acrescenta o banco no texto.

Sem espaço para mais cortes

Juntamente com o Itaú, outras grandes instituições financeiras brasileiras ou que atuam por cá passaram a projetar uma pausa na queda dos juros. Entre elas estão Santander, XP, JPMorgan e Bradesco.

“Na ata da sua última reunião, o Copom alterou seu cenário base e deu maior peso às expectativas de inflação. O BC foi enfático em seu compromisso de levar a inflação para a meta, e não para ao volta dela, porquê vinha comunicando anteriormente. Para atingir esse objetivo, concluiu que será necessária uma política monetária mais contracionista e mais cautelosa”, avalia o Bradesco.

“(Portanto) Julgamos que o BC deixou pouco ou nenhum espaço para cortes adicionais da Selic. Diante da mudança da notícia do Copom, revisamos nosso cenário para a taxa básica neste ano, de 9,50% para 10,50%. Em nossas simulações, mantendo esse nível de juros até meados de 2025, o BC conseguirá executar seu objetivo”, prossegue o banco em relatório.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Médio, e Fernando Haddad, ministro da Rancho. Foto: Edilson Rodrigues/Escritório Senado

Expectativas de inflação

A equipe econômica do C6 Bank lembra que os membros do Banco Médio deixaram em crédulo os próximos passos de política monetária. Mas não se comprometeram com mais cortes. Adicionalmente, observa o banco, os discursos de Roberto Campos Neto (presidente do BC) logo depois a decisão de juros de maio reforçaram a preocupação com a desancoragem das expectativas de inflação.

“Diante da contínua piora das expectativas de inflação, ainda que em ritmo lento, e da descrédito recente do câmbio, nossa expectativa agora é que o BC tenha terminado o ciclo de galanteio de juros e mantenha a taxa Selic em 10,50%”, indica o time do C6.

“Na nossa visão, a resiliência dos preços de serviços e os dados fortes de atividade econômica são um travanca para a desaceleração da inflação. Revisamos nossa projeção de Selic de 10,25% para 10,5% em 2024”, reitera a equipe do banco.

A relação entre Haddad e a Faria Lima

Enquanto espera a decisão do Copom, o mercado financeiro continuará de olho em dados dos Estados Unidos, para calibrar as expectativas sobre os rumos dos juros lá. E também no rastro do ministro da Rancho, Fernando Haddad.

Da economia americana, o calendário econômico tem no radar divulgações das vendas do varejo e da produção industrial de maio, na terça. A quarta será de bolsas fechadas em Novidade York, em razão do feriado pátrio de “Juneteenth”. A data marca o dia em que as últimas pessoas escravizadas do país receberam a informação de que estavam livres.

Por termo, sobre Haddad, porquê mostrou a Lucidez Financeira, cresceu a insatisfação da Faria Lima com a meio econômica do governo. Sendo assim, a retomada da credibilidade, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, passa pelo ministro da Rancho mostrar uma disposição maior para galanteio de gastos. E não somente pela insistência em medidas arrecadatórias.

“Na política, o Congresso deve seguir discutindo alternativas para ressarcir a manutenção da desoneração da folha de pagamento de 17 setores e pequenos municípios em 2024. Uma vez que a medida apresentada pelo governo, que consistia na restrição do uso de créditos tributários do PIS/Cofins, foi rejeitada pelo presidente do Senado”, destaca o Itaú sobre o que vem pela frente.

Calendário econômico – 17 a 21 de junho

Segunda (17)

08h25: Boletim Focus (Banco Médio)
10h15: Monitor do PIB de abril (Ibre-FGV)

Terça (18)

Pela manhã: Início da reunião do Copom (Banco Médio)
06h00: Taxa de inflação de maio na zona do euro
09h30: Vendas no varejo de maio nos EUA
10h15: Produção industrial de maio no EUA

Quarta (19)

Feriado nos EUA: Juneteenth National Independence Day
A partir das 18h: Proclamação da decisão do Copom/Novidade taxa Selic (Banco Médio)

Quinta (20)

Sem indicadores relevantes

Sexta (21)

Sem indicadores relevantes



Fonte

Related Posts

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitar Saiba Mais

Política de Privacidade e Cookies