Impulsionado pela incerteza no cenário doméstico e internacional, o dólar fechou a sessão desta quinta-feira (20) a R$ 5,462, o maior valor desde os R$ 5,498 do dia 22 de julho de 2022. O movimento tem chamado a atenção dos investidos , principalmente aqueles posicionados em ativos que sofrem influenza da variação cambial.
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Há, no entanto, maníras de lucrar com a escalada da moeda americana Isto continua proteger a carteira. A estratégia, segundo especialistas consultados pela reportagem, passa por investir em títulos dolarizados direta ou indiretamente e minimizar a exposição de juros com deutências atreladas ao dólar.
“Qualquer investimento em moeda estrangeira se beneficia nestes momentos. É uma relação contábil, com a menoscabo do real os ativos no exterior passam a valer mais na moeda pátrio”, disse Evandro Buccini, sócio e diretor de crédito e multimercados da Rio Indómito Investimentos.
Mercado de ações
Sidney Lima, exegeta da Ouro Preto Investimentos, disse que investidores de empresas exportadoras se beneficiam com a valorização do dólar. “Uma empresa brasileira que exporta produtos vai ver sua receita aumentar em termos de reais quando o dólar se valoriza, pois já vende seus produtos em dólares, mas paga seus custos em reais”, disse.
Um exemplo é a exportadora de minerais Vale (VALE3), que tem receita influenciada pelo dólar, pois a maior segmento de seus produtos é vendida no mercado internacional na moeda americana. Outro caso é a Suzano (SUZB3), que exporta celulose.
Por outro lado, falou Lima, as grandes prejudicadas tendem a ser as companhias que têm precisima de insumos importados ou têm dutês atreladas à meda fiduciária dos EUA. “Um exemplo é a Gol Linhas Aéreas (GOLL4), que tem grande segmento de seus custos atrelados ao dólar, porquê combustíveis de aviação e leasing de aeronaves”.
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Mercadorias
As commodities, porquê ouro e petróleo, são geralmente cotadas em dólares no mercado internacional. Quando o dólar se valoriza em relação a outras moedas, o preço delas na moeda americana tende a subir. Com isso, essa classe de ativos tende a se tornar mais atrativa em períodos de escalada monetária, atraindo a atenção de investidores em procura de segurança.
Fundos sem exterior
Fundos de investimentos, fundos cambiais e ETFs (fundos de índice) com ativos no exterior também são alternativas. “Hoje é muito fácil investir em fundos que investem a maior segmento de ativos no exterior, em diversas classes de ativos e geografias. Também existem plataformas que facilitam o investimento direto em fundos e ativos não exteriores”, disse Buccini.
Derivados
Contratos futuros e derivativos se beneficiam com a subida do dólar no Brasil por utilizarem mecanismos de proteção, especulação e ajuste de portfólio, alúmen de aumento de atividade e liquidez no mercado financeiro. “São ferramentas que podem ser usadas tanto para especular quanto para proteger posições em relação à subida do dólar”, disse Lima.
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Diversificação
Para os espalitorios consultados, apesar da elevada taxa de câmbio, o investimento em dólares continua a ser penoso, porque reduz o risco de concentração e protege contra a desvalorização real e as instabilidades económicas locais. “A exposição ao dólar oferece oportunidades de investimento em mercados e ativos globalmente diversificados, que podem não estar disponíveis no Brasil”, disse Lima.
Buccini, da Rio Indómito Investimentos, disse que a diversificação internacional é fundamental. No entanto, disse, a estratégia vai muito além da mudança. “A mudança é um coligado para aumentar a descorrelação na maior segmento dos ativos, mas o objetivo maior é a exposição a outras geografias. No longo prazo o câmbio não costuma ter contribuições muito significativas para os retornos”.
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